sábado, 18 de novembro de 2006

Conselho de um velho apaixonado




CONSELHOS DE UM VELHO APAIXONADO
(Carlos Drummond de Andrade)



Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração
parar de funcionar por
alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais
importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o
mesmo brilho intenso entre
eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em
que nasceu.


Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for
apaixonante, e os olhos se
encherem dágua neste momento, perceba: existe algo
mágico entre vocês.


Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa
pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo
do céu te mandou um
presente divino : O AMOR.


Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por
algum motivo e,em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e
os gestos valerem mais
que mil palavras, entregue-se: vocês foram
feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te
deu uma rasteira e a
outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
Lágrimas e enxugá-las com
ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com
ela em qualquer momento
de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro
da pessoa como se ela
estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo
ela estando de pijamas
velhos, chinelos de dedo e cabelos
emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que
está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um
futuro sem a pessoa ao
seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver
a convicção que vai c ontinuar sendo louco
por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra
partindo: é o amor que
chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na
vida, mas poucas amam
ou encontram um amor verdadeiro.


Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam amor
passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É
o livre-arbítrio.
Por isso, preste atenção nos
sinais.

Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego
para a melhor coisa da
vida: O AMOR !!!

Ame muito.....muitíssimo.......

sábado, 4 de novembro de 2006

Amar




Amar é realmente muito, muito difícil!


Tenho notado que a maioria das pessoas estão em busca de uma resposta: o que fazer quando o amor começa a estremecer e a relação vai ficando ruim, cheia de desentendimentos, brigas e dores?

O que fazer? Creio que esta seja, de verdade, uma ótima pergunta! Principalmente porque as ótimas perguntas são as mais difíceis de serem respondidas! O que fazer?
Encontrar a resposta é um desafio pessoal. Ou seja, a minha resposta serve somente para mim e cada um terá de encontrar a sua. Mas, em último caso, podemos trocar algumas dicas de como fazer isso ou, pelo menos, de porque temos de fazer alguma coisa...

Amar não é fácil para ninguém e quanto mais nos propomos a persistir, a mergulhar mais fundo numa relação e a tentar superar as dificuldades que vão surgindo com o tempo, mais difícil parece se tornar...

O amor é como um labirinto, cheio de opções. Quanto mais escolhemos, parece que mais perdidos ficamos e quanto mais caminhamos, mais confusos nos encontramos... É por isso que posso compreender o grande número de desistentes. Amar é tarefa para os corajosos, para os fortes!

Conquistar uma pessoa é simples. Algumas pessoas têm dificuldade porque sentem tanto medo do que vem depois que, sem perceber, já criaram “armadilhas” internas para se auto-sabotarem e nem começarem um relacionamento.
Difícil é manter uma pessoa. Difícil mesmo é continuar conquistando, continuar investindo e acreditando que pode dar certo! Difícil é, sobretudo, não mandar tudo “às favas” (para ser bem-educada) e partir para outra...

Porque você há de convir comigo que a ilusão de que desistir do que está ruim para apostar no que parece que vai ser bom é bastante atraente. Deixar-nos levar pela idéia de que a outra pessoa é a responsável pelo fracasso do relacionamento é bem mais cômodo do que assumirmos nossa participação, nossa desastrosa atuação.
E se quer saber, é justamente para isso que serve o amor! Amar pai e mãe pode ser um “saco” muitas vezes, mas é bastante aceitável! Amar os filhos pode nos render muito trabalho, mas no final das contas a natureza faz com que seja fácil! Amar os amigos é confortável, afinal de contas, recompensas não faltam!

Mas, convenhamos, amar alguém que entra em nossas vidas quando já vivemos uns bons anos e que, em princípio, não sabe nada a nosso respeito e nem nós a respeito dela parece coisa de maluco, não é?!
E pior ainda quando essa pessoa passa a aflorar em nós sentimentos tão difíceis de lidar, como raiva, ciúme, insegurança, medo, tristeza e até uma certa impotência... Aí então nos perguntamos: quem essa pessoa pensa que é? Que direito ela tem de “invadir” a minha vida e me causar tanto sofrimento? Por que eu deveria perdoá-la e continuar tentando? Por que eu não desistiria?

E eu responderia: porque é nesta relação, neste vínculo que estabelecemos em nome do amor, e com essa pessoa que atraímos e escolhemos que está o nosso passaporte para a evolução, para o autoconhecimento, para a cura de nossas doenças mais profundas e invisíveis...
É para isso que nos foi dado o dom de amar: para que possamos enxergar a nós mesmos através das atitudes do outro, através das imperfeições do outro.

Homens e mulheres se amam para se salvarem, tanto a si mesmos como ao outro! Todos nós precisamos ser salvos e, para tanto, temos de pagar o preço. Por isso, também fomos agraciados com outros dons como a tolerância, a compaixão, o perdão, a capacidade de superação e, especialmente, a humildade... para que pudéssemos reconhecer o quanto temos a aprender com o outro!